A lebre e a tartaruga
Nenhum dos animais aguentava mais
ouvir a lebre se gabar de suas longas pernas e a velocidade incrível. Ela era realmente rápida, mas o sucesso tinha lhe subido à cabeça
e ela olhava a todos com desdém.
- Nunca perdi uma corrida na vida.
Deixo sempre os outros para trás, comendo poeira. Todos perderam a coragem de me desafiar. Também, duvido que alguém seja tão bobo a
esse ponto!
- Pois eu a desafio! – disse a
tartaruga, para espanto de todos. Justo
ela, que era conhecida como o animal
mais lento de toda floresta.
- Você deve estar brincando… -
comentou a lebre olhando de propósito para as patas curtas e grossas da
tartaruga. – Bem, como você insiste eu
posso ganhar de você muito facilmente, a corrida está marcada para o
próximo domingo.
Ficou combinado assim. Os bichos compareceram em massa para assistir
ao desafio, a maioria morrendo de pena
da tolice da tartaruga, que, conforme acreditavam, não iria passar da
primeira curva. O sinal foi dado e os
concorrentes partiram. A lebre saiu em
disparada, e a tartaruga seguiu num ritmo lento, embora com passadas valentes. Certa de
sua vitória, já que ia demorar mesmo para a tartaruga cruzar a linha de
chegada, a lebre resolveu tirar uma soneca no meio do caminho. Assim, também, aproveitava para desmoralizar
sua adversária. Ajeitou-se na sombra
de uma árvore e dormiu profundamente.
No entanto, a lebre dormiu tanto,
e num sono tão profundo, que sequer viu a tartaruga passar. Acordou de supetão com a gritaria dos outros
animais, que assistiam à tartaruga cruzar a linha de chegada em primeiro
lugar. Era tarde demais!
Moral da história:
O excesso de confiança leva à negligência
no trabalho e a consequência disso é uma só, a derrota em situações onde ela
seria impossível de acontecer.
Portanto, confiança é bom sim,
faz bem, mas na medida certa, porque em excesso leva a desconsiderar o perigo
de derrota, e isso ocorrendo, ela será iminente.
Pense nisso.
Um forte abraço, tenha um ótimo
dia e uma excelente semana!