quinta-feira, 24 de junho de 2010

NOTA INFORMATIVA


Acidentes de moto: amadores são a maioria


Pesquisa do HC mostra que os motoboys são apenas um terço dos atendidos na Ortopedia

 

A pesquisa do Hospital das Clínicas de São Paulo mostra que não são os motoboys as maiores vítimas de acidentes sobre duas rodas, como poderia se imaginar pela série de medidas anunciadas nos últimos anos pelo poder público para evitar fatalidades entre a categoria. Segundo o levantamento, 67% dos pacientes que se envolverarm em acidentes de moto e foram atendidos no Instituto de Ortopedia do HC são motociclistas que usam esse veículo somente como meio de transporte e não profissionalmente.

O levantamento acompanhou durante seis meses os pacientes que precisaram de internação no instituto. Foram 84 pessoas. Em 2004, 51% dos pacientes nessa situação eram motoboys. No novo estudo, produzido entre maio e novembro do ano passado e divulgado na segunda-feira, apenas 33% das vítimas usavam a moto como ferramenta de trabalho. Hoje, há cerca de 800 mil motos emplacadas na cidade, segundo o Detran (em 2004 eram 470 mil). A estimativa é de haver 200 mil motoboys na cidade.

"Em 2004, 30% deles (dos acidentados) recebiam até um salário mínimo (R$ 510). Agora, 37% recebem mais de quatro salários (R$ 2.040)", afirma uma das coordenadoras do estudo, a assistente social Kátia Campos dos Anjos. "Os pacientes, pessoas que iam casar, que estudavam, tiveram de mudar totalmente de vida", diz Kátia. "A renda familiar cai, porque ele (acidentado) fica impossibilitado de trabalhar. Por outro lado, o custo de vida sobe, especialmente com gasolina e estacionamento, uma vez que o paciente tem dificuldades para usar transporte público." Em média, essas pessoas ficam 18 meses internadas.

Outra mudança é o índice de mulheres envolvidas em acidentes, que dobrou. Segundo Kátia, na pesquisa de 2004, elas eram 5% das vítimas. Agora, são 10%. "Boa parte estava na garupa."

O médico Dirceu Rodrigues Alves Júnior, da Associação Brasileira de Medicina do Tráfego (Abramet), diz que "há facilidade de aquisição e parcelamento das motos", o que contribui para o aumento do número de motoqueiros. Mas, na briga diária do trânsito, segundo ele, o motoboy leva vantagem sobre o motoqueiro comum. "Ele é mais malandro, tem mais experiência" e, por isso, sofre menos acidentes.  

O presidente da Federação dos Motoclubes do Estado de São Paulo, Reinaldo de Carvalho, disse que os cidadãos têm usado motos para fugir do trânsito, mas não recebem educação para isso. “A educação do trânsito deveria ser aplicada nos ensinos fundamental e médio.  É o artigo 37 do Código de Trânsito Brasileiro.  As pessoas não sabem fazer curvas, passam com as motos pela faixa de pedestres, que tem tinta que derrapa”, exemplifica.

Já o presidente do Sindicato dos Motoboys, Gilberto Almeida dos Santos, comenta que é importante a implantação da obrigatoriedade do uso do colete com faixas refletivas.  “As pessoas vêem um motoqueiro caído em um acidente e logo dizem: “É um motoboy!”  Se todos (os motoboys) usassem o colete, as pessoas veriam que não são tantos os profissionais que caem e acidentam-se”.

Fonte: Jornal da Tarde de 23/06/2010

 

Um forte abraço e tenha um ótimo dia!


6 comentários:

Anônimo disse...

Bom dia!!!
ciente das Informações
Allan Carlos

Unknown disse...

Bom dia!Ciente
Thiago Souza

Amanda disse...

Bom dia!
(Amanda - Vl Olimpia)

Anônimo disse...

Bom Dia!
Diogo Ferreira.

Anderson Souza disse...

Bom dia!

Ciente.

Anônimo disse...

Bom dia !
Unidade Taboão !!!